O tropeço também pode ser um passo

É preciso parar e respirar…

É preciso se afastar as vezes temporariamente dos lugares que tradicionalmente ocupamos.

São tempos sombrios que vivemos atualmente; de polarização de idéias e desejos, desconstrução de uma rede universal de cuidados em saúde mental no SUS e uma ameaça de adoecimento ainda pouco conhecida (COVID19), que expõe nossa vulnerabilidade e fragilidade.

Porém, algo deve ser feito diante da paralisia que nos colocamos perante tantas ameaças e do desconhecido.

Aí vem a importância de tropeçar.

O tropeço nos tira da cadência, e diga-se de passagem, da alienação das nossas escolhas. 

Escolhas que constantemente nos autoboicotamos, nos fraudam e nos roubam o que nos é mais precioso.

Porém, desequilibrar dá o start para um novo passo, um novo norte.

Quem ainda não vivenciou isso, convido sinceramente a desequilibrar-se e tropeçar, e um novo caminho encontrar.

O processo terapêutico vem gerar esse desequilíbrio, talvez por isso seja tão doloroso e tanto estigma social tenha sido construído em torno dos cuidados em saúde mental.

Avaliemos nossas crenças e convicções inabaláveis, nossas verdades, que mais nos aprisionam do que libertam.

Viver é reinventar suas práticas diárias sociais e profissionais.

Não importa se você não dança no ritmo que você planejou aos 25, 35 ou 40 anos.

Saia do seu ritmo.

É preciso se desconstruir e se recriar.

Recomece…

Crie uma sincronia e agradeça por cada oportunidade.

Eusébio J Gallo Jr

Médico Psiquiatra

CRM/SP 158005 RQE 66.914

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